Missão
Promover a preservação, a pesquisa e a divulgação do patrimônio histórico, cultural de Além Paraíba e região, inspirando a sociedade a valorizar e proteger sua herança para as gerações futuras, tornando o conhecimento acessível e significativo para todos.
Visão
Ser um espaço vivo de aprendizado, reflexão e encantamento, reconhecido como referência em cultura, educação e preservação histórica na Zona da Mata de Minas Gerais. Queremos ser um lugar onde histórias e descobertas se cruzam, unindo comunidade, visitantes e gerações futuras.
Valores
Respeito pela História: Cuidar do passado para inspirar o presente e proteger o futuro.
Sustentabilidade: Promover ações que valorizem e preservem o meio ambiente e a biodiversidade.
Acessibilidade: Ser um espaço aberto, gratuito, acolhedor e inclusivo para todos os públicos.
Educação com Propósito: Tornar o aprendizado envolvente e transformador.
Inovação: Uso de ferramentas e abordagens criativas para envolver a comunidade com a história e a ciência.
Colaboração: Parcerias com instituições e a comunidade local para promover a valorização cultural.
Paixão pelo Conhecimento: Estimular a curiosidade e o amor pela história.
Sobre o Museu
O Museu de História e Ciências Naturais foi fundado em 21 de agosto de 1993, por um grupo de jovens que haviam concluído o ensino médio na Escola Estadual São José. A reunião para a fundação da entidade ocorreu no salão do Colégio Além Paraíba (CAP). O próprio CAP serviu, durante um período, como sede das primeiras atividades desenvolvidas, pesquisas e busca das primeiras peças do acervo. Após um curto período, a Escola Estadual Santa Rita, mais especificamente sua biblioteca, abrigou parte do acervo e as reuniões da entidade. Depois de alguns meses sediado na escola, o acervo foi transferido para a casa do diretor da entidade, no bairro Morro Santa Rosa. Nesse período, a entidade começou a receber doações de fotos e livros antigos, além de realizar pesquisas, incluindo algumas em Angustura. Nessa fase, a entidade também recebeu a visita do Conselho Municipal de Cultura, presidido, à época, por José Alves Fortes.
A entidade passou a realizar pequenas exposições na Casa de Cultura, a convite da Secretaria Municipal de Cultura. Após uma dessas exposições, foi convidada a transferir seu acervo para uma das salas do piso superior da Casa de Cultura, onde permaneceu até 2003. Nesse ano, recebeu as chaves de parte dos armazéns da Estação Ferroviária de Porto Novo, onde anteriormente funcionava uma loja de materiais agrícolas, entregues pelo então Secretário de Cultura, José Alves Fortes. Ele mencionou que, naquele momento, era o que a Secretaria poderia oferecer.
Quando a entidade se instalou no prédio, a diretoria do museu já havia sido renovada, e novos sócios, parceiros, patrocinadores e apoiadores, como a Artycuna Informática e a Prefeitura de Além Paraíba, passaram a colaborar. Entre 2003 e 2005, foi realizada a primeira reforma no prédio, para adequá-lo às necessidades do acervo.
Nessa época, o Banco do Brasil tornou-se parceiro, implantando um Telecentro para acesso à internet e cursos de informática online. Outro parceiro importante foi a Secretaria de Estado da Cultura de Minas Gerais, que ofereceu um curso sobre a elaboração de projetos para os mecanismos de incentivo à cultura.
Em 2003, a entidade teve seu primeiro projeto cultural apoiado pela Prefeitura Municipal de Além Paraíba. Em 2005, veio o primeiro projeto patrocinado pela Companhia Força e Luz Cataguases Leopoldina (atual Energisa).
Em 2007, o museu abriu sua primeira sala de exibição de filmes, com o apoio do Ministério da Cultura, que doou os equipamentos, e da Garcia Atacadista, que forneceu as cadeiras. Desde então, a busca por recursos para ampliar e desenvolver projetos culturais em Além Paraíba e região nunca cessou.
Em 2010, graças ao patrocínio da Energisa e ao apoio de Mônica Botelho, foi realizada a primeira grande reforma no prédio ocupado pelo museu na estação. Nesse mesmo ano, o museu levou seu projeto para 15 cidades da Zona da Mata Mineira, através do Ponto de Informação Histórica. Ainda em 2010, o museu teve seu primeiro Ponto de Cultura aprovado, o Ponto de Cultura Estação Digital, que oferecia oficinas de audiovisual, teatro para surdos e quadrinhos. Atualmente, o foco do Ponto de Cultura é o audiovisual.
Em 2013, com recursos do Fundo Estadual de Cultura, a entidade digitalizou todo o acervo de jornais da antiga FUNCAP e o acervo fotográfico, garantindo a preservação dos originais e o correto acondicionamento das fotos para as futuras gerações.
Em 2014, também com patrocínio da Energisa, foi produzido o média-metragem “La Belle Époque – Memórias do Cinema na Mata Mineira”, resgatando as histórias das antigas salas de cinema da região. O filme contou com a participação de Elke Maravilha, Thiago Lacerda, Gilray Coutinho, entre outros, e foi dirigido por André Martins Borges. Ainda em 2014, o Ponto de Cultura Estação Digital, com recursos do Fundo Estadual de Cultura, realizou oficinas de vídeo, que culminaram na realização do I Festival de Curtas Metragens de Além Paraíba, realizado no Cinema Brasil.
Em 2015, teve início o projeto cultural de formação de público de cinema PopCine – Circuito Popular de Cinema, que oferece sessões de cinema gratuitas para alunos da rede pública. Nos dois primeiros anos, o projeto teve o patrocínio da Zamboni Atacadista, através da Lei Rouanet. Também em 2015, o museu, em parceria com a ABPF Regional Porto Novo e a Secretaria de Estado da Cultura, através de uma emenda parlamentar do deputado Rogério Corrêa, restaurou a Locomotiva a Vapor nº 51, com o objetivo de implantar um trem turístico na cidade. Nesse mesmo ano, o DNIT cedeu parte da Estação de Porto Novo para que o museu a utilizasse como sede.
Em 2016, o DNIT e o IPHAN cederam os torreões da Estação de Porto Novo para recuperação. O IPHAN também aprovou o primeiro projeto de restauração e requalificação de uso da estação. Ainda em 2016, foi realizada a primeira reforma do telhado da estação, além da ampliação da área de exposição do museu. Nesse ano, com recursos do programa Filme em Minas, da Secretaria de Estado da Cultura de Minas Gerais, foi restaurado e lançado em DVD o último filme de Humberto Mauro, “A Noiva da Cidade”, dirigido por Alex Viany. A restauração do filme foi tema de reportagem no jornal O Globo e em programas da Rede Minas de Televisão.
Em 2017, a sala de cinema do museu passou por uma grande reforma, patrocinada pela Zamboni, Energisa, Prefeitura de Além Paraíba e uma emenda parlamentar do deputado Rogério Corrêa. O formato atual da sala foi mantido desde então. Ainda em 2017, com recursos do deputado Rogério Corrêa e em parceria com a ABPF Regional Porto Novo, foi construído o primeiro vagão de passageiros.
Desde 2018, a Energisa se tornou o patrocinador master do projeto PopCine, que já atendeu mais de 80 mil espectadores com sessões gratuitas. Em 2019, o DNIT cedeu a Estação Ferroviária de Simplício para o desenvolvimento do projeto turístico da Locomotiva a Vapor nº 51. Desde então, o museu mantém uma parceria com a iniciativa privada para ocupar parte da estação, onde organiza uma exposição no segundo andar.
Em 2021, o museu recebeu recursos de uma emenda parlamentar do deputado Christiano Silveira para equipar um estúdio de gravação de memórias e adquirir diversos equipamentos para suas atividades culturais.
Em 2022, entre outros projetos, teve um aprovado com recursos do Fundo Estadual de Cultura para a obtenção do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), concluído em 2023.
Em 2023, com recursos da Lei Paulo Gustavo, o museu iniciou sessões de cinema inclusivas para neurodivergente, com adaptações como som reduzido, luzes parcialmente acesas e temperatura amena. As sessões continuaram com recursos da Lei Paulo Gustavo, por meio da Secretaria de Estado da Cultura. Também em 2023, o museu foi selecionado pelo IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus), a partir de uma emenda parlamentar do deputado Rogério Corrêa, para oferecer visitas guiadas ao acervo em 2024.
Desde 2005, a Prefeitura Municipal de Além Paraíba tem sido responsável pela manutenção do museu, mantendo-o aberto e gratuito para a comunidade e turistas. Ainda em 2024/2025, o museu irá circular com uma sala de cinema itinerante, como fez em 2014, com recursos da Lei Paulo Gustavo, por meio da Secretaria de Estado da Cultura.
Desde 2003, a sede do museu foi ampliada, e a Estação Ferroviária de Porto Novo foi restaurada e passou a ser um importante centro de produção cultural. Embora os trens tenham parado de circular em agosto de 2015, a cultura ocupou e expandiu seu espaço na estação.